A proporção de trabalhadores brasileiros com ensino superior completo está em ascensão, enquanto aqueles com menor escolaridade perdem espaço no mercado de trabalho. É o que revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2023, dos 100,7 milhões de trabalhadores ocupados no país, 23,1% (ou 23,2 milhões) possuíam ensino superior completo. Este é o maior percentual registrado desde o início da série histórica em 2012, quando a proporção era de 14,1%. No ano passado, a taxa era de 22,4%.
“O nível de qualificação da população ocupada vem crescendo ao longo dos anos”, afirmou William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE. Em termos absolutos, o número de trabalhadores com ensino superior completo saltou de 12,6 milhões em 2012 para 23,2 milhões em 2023, um aumento de 10,6 milhões.
Por outro lado, a participação de trabalhadores com pouca ou nenhuma escolaridade tem diminuído. Em 2023, aqueles sem instrução ou com fundamental incompleto representavam 20,1% do total de ocupados, a menor proporção já registrada. Em 2012, esse grupo constituía 32,6% da força de trabalho.
Um movimento similar foi observado entre os trabalhadores com fundamental completo e médio incompleto, que em 2023 representavam 14% do total de ocupados, também a menor proporção da série. Em 2012, este percentual era de 17,5%.
A Pnad considera ocupados todos os trabalhadores, formais ou informais, incluindo desde empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares "bicos".
Fonte: Folha de São Paulo.